A Arábia Saudita, conhecida por sua postura defensiva no cenário geopolítico do Oriente Médio, fez uma declaração surpreendente. A nação, que tem sido ativa na defesa de Israel contra ataques iranianos, afirmou que o Irã instigou a guerra na Faixa de Gaza com um único propósito: atrapalhar o processo de normalização das relações entre a Arábia Saudita e Israel.
Para os sauditas, o Irã é uma nação que apoia o terrorismo e o mundo deveria ter atuado muito antes. Essa declaração marca uma mudança significativa na política externa saudita, que historicamente tem sido cautelosa em suas relações com Israel.
O recente ataque iraniano promete reativar o processo de aproximação dos sauditas com os israelenses. Segundo os próprios sauditas, ficou claro que o único propósito do Irã é desestabilizar a região, mesmo que isso implique em “guerras por procuração”. Isso é uma referência aos grupos terroristas vassalos iranianos Hezbollah (Líbano), Houthis (Iêmen) e aos grupos atualmente armados e financiados pelo Irã na Faixa de Gaza (Hamas e Jihad Islâmica).
Essa mudança na postura da Arábia Saudita pode ter implicações significativas para a dinâmica de poder no Oriente Médio. Com a Arábia Saudita se alinhando mais estreitamente com Israel, o equilíbrio de poder na região pode mudar, potencialmente isolando ainda mais o Irã.
No entanto, a situação é fluida e complexa. A Arábia Saudita e Israel compartilham um inimigo comum no Irã, mas também têm suas próprias tensões e desacordos. Como essa aliança se desenvolverá e quais serão suas implicações para a região permanecem incertos.